Sam Altman lidera a empresa que impulsiona o atual frenesi de inteligência artificial generativa — e ele diz que isso não se compara ao que está por vir.
Em uma entrevista com o MIT Technology Review, o diretor-executivo da OpenAI disse que o chatbot da empresa, ChatGPT, que iniciou a febre atual da IA quando foi lançado em novembro de 2022, é “incrivelmente burro” em comparação com futuras aplicações.
“O que você realmente quer é apenas algo que esteja ajudando você”, disse Altman. Ele afirmou que a aplicação matadora da IA seria como um “colega supercompetente que sabe absolutamente tudo sobre toda a minha vida, todos os e-mails, todas as conversas que já tive, mas não parece uma extensão.” Ele acrescentou que o aplicativo seria capaz de completar instantaneamente algumas tarefas, mas seria capaz de pedir ajuda em tarefas mais complexas.
E como este aplicativo de IA operaria a partir da nuvem, Altman disse ao MIT Technology Review que não acredita que o futuro da IA exigirá que as pessoas comprem novos dispositivos. De qualquer forma, ele não acha que seria o responsável por desenvolver hardware de IA de qualquer maneira.
“Eu tenho muito interesse em hardware de consumo para nova tecnologia”, disse ele. “Eu sou um amador que adora, mas isso está tão longe da minha área de expertise.”
Altman acrescentou que não acha que encontrar dados de treinamento para as futuras aplicações de IA que ele está imaginando continuará a ser um problema. A OpenAI fez parcerias com organizações de notícias para usar seus dados para treinamento, conforme continua a desenvolver modelos maiores e mais poderosos.
“Acredito, mas não tenho certeza, que vamos descobrir uma maneira de sair desse ciclo de que sempre precisamos de mais e mais dados de treinamento”, disse ele ao MIT Technology Review. “Os humanos são … prova de que há alguma outra maneira de [treinar a inteligência]. E espero que a encontremos.”
E ao abordar a questão da missão da OpenAI (e de outras empresas de IA) de alcançar a inteligência artificial geral (AGI) — ou o ponto em que os modelos de IA generativa alcançam a inteligência de nível humano — Altman disse que vê “várias versões diferentes [de AGI] que são melhores e piores em diferentes coisas.”
