Vida Extraterrestre Pode Se Formar Mais Fácil Do Que Se Imaginava, Diz Estudo

A origem da vida na Terra ainda é um mistério e objeto de estudo acadêmico. Há muito tempo se suspeita que alguns dos elementos necessários tenham chegado ao planeta por meio de contato com vida extraterrestre, ou seja, o espaço.

Agora, um novo estudo publicado na revista Science Advances mostra que um grupo especial de moléculas, conhecidas como peptídeos, pode se formar mais facilmente nas condições do espaço do que aquelas encontradas na Terra.

Os peptídeos são um conjunto de aminoácidos que podem variar de apenas duas unidades até centenas. A forma como são combinados é crucial, pois os peptídeos formados podem acelerar e melhorar reações importantes para a manutenção da vida.

Para o estudo, os cientistas observaram o ambiente denso de discos de poeira do espaço. Esses discos geralmente se formam a partir de nuvens que colapsam sob a força da gravidade, podendo originar um novo sistema solar com estrela e planetas.

Apesar de as moléculas de água serem mais prevalentes nesse ambiente, as partículas que poderiam formar peptídeos são cobertas de gelo. No entanto, a formação de peptídeos não é completamente impedida nessas condições.

À medida que rochas e poeira se combinam para formar corpos maiores, como asteroides e cometas, esses corpos se aquecem. Com a baixa densidade do ambiente, átomos de carbono se aderem à superfície das partículas de poeira, juntamente com moléculas de monóxido de carbono e amônia, reagindo e formando substâncias semelhantes aos aminoácidos. Isso possibilita a criação de líquidos e impulsiona a formação de peptídeos.

Os pesquisadores acreditam que esses processos ocorreram durante a formação do nosso sistema solar e que tiveram um papel crucial na origem da vida na Terra. Com isso, concluem que os blocos de construção da vida estão presentes em todo o universo, fornecendo pistas sobre a vida extraterrestre. Resta agora entender em que condições específicas esses elementos podem se unir e formar organismos vivos.