O Que É Pior – Cigarro Eletrônico ou Narguilé?

Fumar narguilé é semelhante a fumar 100 cigarros. Esse alerta impactou a população na campanha de controle do tabagismo de 2015 e surpreendeu aqueles que acreditavam na inofensividade desse hábito. Recentemente, a mesma reação ocorreu com os cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”.

Populares entre os jovens e disponíveis em diferentes sabores, os vapes chamaram a atenção da mídia devido aos casos de problemas respiratórios após o seu uso.

Estudos científicos já comprovaram que o uso de cigarro eletrônico ou narguilé apresenta riscos semelhantes, senão maiores, do que outras formas de fumar. Ambos têm como base o tabaco, substância prejudicial à saúde.

No Brasil, tanto o vape quanto o narguilé são amplamente utilizados, especialmente entre os jovens, tornando-se uma porta de entrada para o tabagismo e, muitas vezes, para o cigarro. O cigarro eletrônico, apesar de ter sido inicialmente associado a níveis mais baixos de toxinas do que os cigarros convencionais, revelou-se um produto viciante, levando os fumantes a aumentarem a intensidade do uso.

Os cigarros eletrônicos emitem fumaça ou vapor, prejudicando não só quem os utiliza, mas também quem está próximo e inala as substâncias. Já o narguilé, apesar de passar por um filtro de água, retém diversas toxinas do tabaco.

É importante ressaltar que todas as formas de tabagismo são prejudiciais à saúde e à qualidade de vida, conforme alerta a Comissão de Controle do Tabagismo do CFM. Doenças como dependência física e psíquica, impotência, doenças cardíacas e diversos tipos de câncer estão associadas ao uso do tabaco.

A Anvisa destaca que não há produtos seguros à base de tabaco para consumo humano. No Brasil, a importação, propaganda e comércio de cigarros eletrônicos são proibidos, mas os narguilés são permitidos devido ao seu caráter cultural. No entanto, há tratamento disponível pelo SUS para quem deseja parar de fumar de maneira segura.