Tétano acidental – Ferimentos provocados por destroços levados por enchentes podem causar infecção grave

Cerca de quatro milhões de brasileiros residem em áreas de risco e estão suscetíveis aos impactos causados por chuvas intensas, enchentes, inundações e deslizamentos de terra – informações divulgadas pelo Serviço Geológico do Brasil, órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia. Além das perdas humanas e materiais, desastres como os ocorridos em certas datas no Rio Grande do Sul e no litoral norte de São Paulo podem aumentar a incidência de várias doenças, incluindo o tétano acidental.

O tétano é uma infecção aguda causada pela bactéria Clostridium tetani, encontrada em diversos objetos e materiais, além de locais como terra, fezes, água suja e até mesmo na pele. Em situações como enchentes, há maior risco de contaminação, visto que destroços levados pelas águas podem causar ferimentos na população, facilitando a entrada da bactéria no organismo.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 casos de tétano acidental foram registrados no país nos últimos anos, com uma alta taxa de letalidade. O tratamento pode ser feito com soro antitetânico, desenvolvido a partir do plasma de equinos imunizados com a toxina tetânica.

É essencial lavar os ferimentos com água limpa e sabão neutro, procurar assistência médica e ficar atento aos sintomas da doença, que incluem febre, contrações musculares, rigidez e dores no corpo. A prevenção é feita por meio da vacinação, que deve ser feita regularmente a cada dez anos, e reforços em casos específicos.

A vacina contra o tétano faz parte do Programa Nacional de Imunizações desde 1992, contribuindo para a significativa redução dos casos da doença no país, conforme dados do Ministério da Saúde.