Estudo Detalha Eficácia de Métodos Alternativos ao Uso de Animais de Experimentação

No artigo publicado no Journal of Fungi, pesquisadores de instituições do Brasil, Estados Unidos e Colômbia, que investigam interações entre fungos e hospedeiros, apresentaram uma exposição abrangente de diversas aplicações empregando metodologias alternativas ao uso de animais mamíferos.

Os métodos alternativos in vitro e in vivo, atualmente mais acessíveis e em disseminação, têm grande potencial para substituir o uso de animais. São mais rápidos, baratos, com condições experimentais altamente controladas e resultados quantificáveis, em comparação com testes em animais que demandam mais tempo e gastos.

Outra vantagem é a possibilidade de usar células humanas, eliminando o problema da distância filogenética entre animais e humanos e levando a uma maior taxa de sucesso na transição dos testes pré-clínicos para clínicos.

As pesquisadoras desenvolvem metodologias in vitro e in vivo para avaliação de toxicidade, utilizando cultivo celular em 2D e 3D de linhagens celulares diversas e modelos animais alternativos como zebrafish, traça-da-cera, bicho-da-farinha e verme encontrado no solo. Esses modelos são úteis para estudar infecções fúngicas, virulência, resposta imune, eficácia terapêutica e segurança toxicológica.

Além disso, as pesquisadoras mantêm colaborações com indústrias farmacêuticas e veterinárias, contribuindo para o desenvolvimento de metodologias preditivas e de segurança toxicológica.

A utilização de métodos alternativos ao uso de animais de experimentação é uma tendência mundial. O Brasil formalizou em 2008 a diretriz de redução do uso de animais em ensino e pesquisa. A ciência de animais de laboratório é regida pelos princípios de redução, refinamento e substituição. Algumas agências regulatórias possuem programas para implementação de métodos in vitro visando à suplementação ou substituição de estudos em animais.

A Renama tem papel fundamental na disseminação desses ensaios, garantindo a qualidade dos serviços ofertados ao setor produtivo. Os métodos alternativos ao uso de animais representam barreiras técnicas à exportação, por causa das legislações específicas de cada país.