Internet pode ser tão boa para o bem-estar quanto andar ao ar livre, revela estudo

“A Internet é global, porém seu estudo não é”, declarou um pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, durante uma entrevista à revista Nature. Com essa premissa, ele deu início a uma pesquisa detalhada sobre a relação entre o bem-estar e o uso da Internet, principalmente das redes sociais.

Os resultados desse estudo, publicados recentemente em uma revista acadêmica, foram surpreendentes. Segundo a pesquisa, o comportamento online pode contribuir para aumentar a satisfação das pessoas com suas vidas e seu senso de propósito.

Pesquisas anteriores relacionaram as mídias sociais, a Internet e o uso de celulares a comportamentos negativos, como cyberbullying, dependência nas redes e questões de autoimagem. No entanto, o pesquisador aponta que muitos desses estudos não consideravam a realidade da população global.

Este novo estudo, realizado ao longo de 16 anos e acompanhando milhões de pessoas em diferentes países, analisou o acesso à Internet e sua relação com o bem-estar. O estudo levou em consideração fatores que poderiam influenciar essa relação, como renda, emprego, educação e saúde.

Em média, as pessoas que tinham acesso à Internet apresentaram índices mais elevados de satisfação com a vida, experiências positivas e contentamento social. Isso é atribuído às oportunidades de aprendizado e socialização que a Internet proporciona.

Segundo o pesquisador, a Internet pode ser um refúgio para muitas pessoas, especialmente para as mulheres jovens, que se sentem mais satisfeitas ao passar mais tempo online. No entanto, ele ressalta que são necessários mais estudos para compreender melhor a relação entre o uso da Internet e o bem-estar das pessoas.