Tétano Acidental: Ferimentos causados por destroços em enchentes podem levar a infecções graves

Cerca de quatro milhões de brasileiros estão em áreas vulneráveis a desastres naturais como chuvas intensas, enxurradas, inundações e deslizamentos de terra, conforme informações do Serviço Geológico do Brasil. Além dos danos materiais e mortes causados por esses eventos, doenças como o tétano acidental podem ser uma consequência.

O tétano é uma infecção aguda causada pela bactéria Clostridium tetani, encontrada em diversos materiais e locais, como na terra, fezes, água suja e até na pele. Em situações de enchentes, a contaminação torna-se mais provável, devido aos destroços levados pela água que podem causar ferimentos na população, facilitando a entrada da bactéria no organismo.

Os primeiros sintomas do tétano surgem entre cinco e 15 dias após a contaminação, incluindo febre baixa, contrações musculares dolorosas e rigidez dos membros. Em casos mais graves, podem ocorrer espasmos, dificuldade de deglutição e arritmia cardíaca. O tratamento envolve o uso de soro antitetânico, capaz de neutralizar a toxina produzida pela bactéria.

A prevenção do tétano é feita através da vacinação, que acompanha os brasileiros ao longo da vida. A vacina pentavalente combate o tétano, além de outras doenças, e é aplicada no primeiro ano de vida do bebê. Reforços devem ser feitos aos 15 meses e aos 4 anos de idade, e posteriormente a cada dez anos. A vacinação contribuiu significativamente para a redução dos casos de tétano no Brasil, desde que foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações.

Portanto, além de medidas de segurança e higiene, a imunização é fundamental para prevenir o tétano e suas complicações, especialmente em áreas de risco e situações de desastres naturais.