A Autoridade Portuária de Santos, localizada no litoral de São Paulo, pretende divulgar um edital ainda nos próximos meses para implementar tecnologias de combate ao tráfico de drogas. Dentre as medidas previstas, está a autorização para a aquisição de drones submarinos que irão auxiliar na vigilância dos portos.
De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, em anos anteriores foi apreendida uma grande quantidade de cocaína, totalizando 1,68 tonelada somente na parte submersa de navios atracados no porto de Santos, que é o maior do hemisfério sul.
Nos últimos tempos, a atuação dos mergulhadores ligados ao tráfico tornou-se mais intensa. Os criminosos adotaram a prática de transportar drogas ilícitas nos compartimentos internos e containers de navios cargueiros, porém, o método de transporte no casco tem sido cada vez mais utilizado.
Atualmente, a quantidade de agentes de vigilância disponíveis é considerada insuficiente para realizar fiscalizações completas. Por isso, a Autoridade Portuária de Santos planeja a realização de um concurso público para ampliar o número de servidores e fortalecer o combate ao tráfico internacional de drogas.
Na tentativa de substituir os mergulhadores por drones, Anderson Pomini, presidente da Autoridade Portuária de Santos, revelou ao Estadão que os quatro mergulhadores da Marinha que atuam na região têm que cobrir quase 25 quilômetros de canal, o que seria inviável sem um grande contingente de pessoas.
Dessa forma, o Brasil pode vir a utilizar drones submarinos para fiscalizar portos e impedir a ação de traficantes internacionais. Pomini mencionou que os responsáveis técnicos do país já analisaram as tecnologias que podem ser implementadas, inclusive sugerindo a aquisição de drones submarinos chineses, que já são utilizados em outros lugares do mundo.
Atualmente, a Guarda Portuária já dispõe de dois drones aéreos e um sistema de vigilância com cerca de 600 câmeras, algumas equipadas com tecnologia de sensor de movimento. As imagens são compartilhadas em tempo real com a Marinha para garantir uma resposta rápida diante de atividades suspeitas.