Milhões de estudantes estão utilizando inteligência artificial generativa para escrever trabalhos à medida que a popularidade de chatbots de IA, como o ChatGPT, cresce.
Um relatório desta semana da Turnitin, um serviço online de detecção de plágio para educadores que lançou recentemente uma ferramenta de detecção de IA, revelou que mais de 22 milhões de trabalhos de estudantes (11% da amostra analisada pela empresa) usaram IA para gerar pelo menos 20% da escrita desde abril de 2023. A Turnitin analisou mais de 200 milhões de trabalhos em todo o mundo, a maioria de instituições de ensino superior.
Educadores e legisladores estão correndo para abordar o uso da IA na educação diante de preocupações com trapaça e plágio. Até agora, cinco Estados dos EUA – Virgínia Ocidental, Oregon, Carolina do Norte, Califórnia e Washington – instituíram políticas que regem o uso de IA nas escolas. Faculdades e universidades individuais estão elaborando suas próprias políticas. Mas as coisas ainda estão em aberto, e até mesmo as diretrizes estaduais mostram a falta de clareza.
As preocupações com a IA ajudando os estudantes a trapacear são exageradas, no entanto, de acordo com uma pesquisa recente da Stanford. O percentual de estudantes do ensino médio que trapacearam em tarefas na verdade diminuiu em 2023 à medida que o ChatGPT começou a decolar, descobriram os pesquisadores.
“Há tantas razões pelas quais os estudantes trapaceiam. Eles podem estar tendo dificuldades com o material e incapazes de obter a ajuda de que precisam… Precisamos ajudar os alunos e educadores a encontrar maneiras de discutir a ética de usar essa tecnologia e quando ela é ou não útil para a aprendizagem dos estudantes.” – Denise Pope, docente sênior na Escola de Educação de Graduação de Stanford.
