Desde o final de abril, diferentes regiões do Brasil estão enfrentando extremos eventos climáticos. O Sul, principalmente o Rio Grande do Sul, está sofrendo com altos níveis de chuva e inundações em mais de 300 municípios. Enquanto isso, o Sudeste e o Centro-Oeste estão passando por uma onda de calor intensa, com baixa umidade relativa do ar devido a um bloqueio atmosférico persistente.
O bloqueio atmosférico é um sistema de alta pressão que se forma na troposfera, impedindo o movimento ascendente do ar e a formação de nuvens, resultando na ausência de chuva. Esse fenômeno tem provocado temperaturas elevadas mesmo durante o outono, com recordes históricos de calor em cidades como São Paulo.
Esses bloqueios atmosféricos afetam o deslocamento de frentes frias, ciclones e anticiclones, causando mudanças nos padrões de chuva e temperatura. Na região Sul, as chuvas ficam retidas devido ao bloqueio atmosférico, sem conseguir se deslocar para outros estados.
Os bloqueios atmosféricos são frequentes durante os meses de outono, inverno e primavera na América do Sul, geralmente associados a ondas planetárias e mudanças climáticas. Apesar de serem causados pelo bloqueio atmosférico, as mudanças climáticas têm intensificado e aumentado a frequência de eventos climáticos extremos, estabelecendo um novo padrão.
Segundo previsões da Climatempo, a situação de calor e baixa umidade do ar deve persistir até meados de maio. A população do Centro-Oeste e Sudeste deve se preparar para dias ensolarados e altas temperaturas acima do normal. No entanto, o cenário poderá mudar com a chegada de um ciclone extratropical, trazendo chuvas intensas para algumas regiões do Rio Grande do Sul. É importante que a população esteja atenta aos alertas das autoridades locais sobre possíveis riscos decorrentes desses eventos climáticos.