Tanto a Semana do Consumidor quanto a Black Friday são datas especiais em que lojas e empresas prometem grandes descontos, promoções e diversos benefícios aos consumidores. Apesar de, hoje, serem bastante parecidos, os eventos têm objetivos diferentes e podem oferecer oportunidades únicas, dependendo da intenção de compra de cada pessoa.
A Semana do Consumidor é uma derivação do Dia do Consumidor, celebrado todo dia 15 de março. Criada nos EUA, na década de 1960, a data enaltece os direitos dos consumidores à segurança, à escolha, à informação e à escuta.
O fenômeno chegou ao Brasil apenas em 2014 como uma iniciativa movida por um grupo de 500 e-commerces para movimentar o comércio no primeiro semestre. A ideia era alavancar as vendas antes da primeira grande data sazonal do ano — o Dia das Mães, que acontece somente em maio.
Originalmente, o Dia do Consumidor foi pensado para reforçar os direitos dos clientes. Por isso, nesse período, lojas costumam focar em promoções para retenção de consumidores fiéis. Outra possibilidade é eliminar o excesso de produtos que sobraram dos estoques de verão, Natal ou da própria Black Friday.
Por sua vez, a Black Friday, também originada nos EUA, ganhou popularidade entre os consumidores nos anos 90, tendo sempre mais caráter comercial. Existem diversas histórias para a origem da data, mas ela acontece na última sexta-feira de novembro e inaugura a temporada de compras de Natal, impulsionando as compras no final do ano.
A Black Friday, por ser mais popular e ter viés totalmente comercial, tende a oferecer os maiores descontos em produtos. Porém, a Semana do Consumidor tem crescido cada vez mais ao longo dos anos.
Por existir há mais tempo na mente dos brasileiros, a Black Friday tem mais força no comércio — ou seja, as lojas costumam preparar mais e maiores descontos para a data. No entanto, durante a Semana do Consumidor, existem lojas que oferecem descontos iguais ou até maiores do que na Black Friday. Em 2024, isso é uma possibilidade, já que a Black Friday de 2023 foi considerada a segunda pior da história, segundo o Valor Econômico.
Para este ano, o Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV) projetou um crescimento de 6% em vendas durante o primeiro trimestre. Em março, especificamente, acontecem as maiores altas nos segmentos de alimentos e bebidas, móveis e eletrodomésticos e vestuário. Sendo assim, a Semana do Consumidor de 2024 pode oferecer ofertas que normalmente aparecem somente durante a Black Friday.