Um tremendo terremoto atingiu a cidade de Hualien, em Taiwan, a 21 quilômetros de distância. Com uma magnitude de 7,7, sendo o maior registrado na região nos últimos 25 anos, o tremor ocorrido nesta quarta-feira resultou em pelo menos 9 mortes, 800 feridos, derrubou 26 prédios e gerou alertas de tsunami em países próximos, como Japão e Filipinas. As consequências imediatas já se fazem sentir, com a paralisação na produção de chips e componentes.
Com base nessa situação, a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), a maior empresa fabricante de chips semicondutores do mundo, optou por suspender temporariamente suas operações a fim de garantir a segurança de seus funcionários. Em um comunicado divulgado logo após o terremoto, a empresa afirmou que estava avaliando os impactos causados. A TSMC possui quatro fábricas em Taiwan, onde produz cerca de 16 milhões de chips de 12 polegadas diariamente, além de outros modelos em fábricas adicionais. Dentre seus clientes estão gigantes da tecnologia como Apple e Nvidia.
Embora a empresa possua instalações preparadas para resistir aos terremotos, até mesmo os tremores leves podem causar danos em algumas unidades, inclusive em lotes inteiros de chips. Alguns representantes da companhia confirmaram que, após uma avaliação preliminar, foram encontrados alguns chips danificados, porém ainda não se conhece a extensão real dos danos.
O terremoto desta quarta-feira fez surgir o alerta sobre os riscos associados à concentração da produção de chips em países suscetíveis a tremores, como Taiwan. Clientes de vários setores, como eletrônico e automotivo, dependem desses componentes para a fabricação de seus produtos em todo o mundo. Recentemente, o mundo enfrentou uma escassez de semicondutores, afetando diversas indústrias e resultando em prejuízos bilionários.
Para evitar problemas futuros ocasionados por terremotos ou crises diplomáticas, como a ocorrida entre EUA e China, a empresa taiwanesa está investindo na construção de polos de produção na Europa e nos Estados Unidos, os quais deverão iniciar suas operações nos próximos anos.