Elon Musk apresenta novo projeto para colonização de Marte com grande potencial

Elon Musk tem falado publicamente sobre sua visão abrangente para o assentamento de Marte há quase oito anos, desde um discurso em Guadalajara, México, em setembro de 2016. Neste fim de semana, nas instalações da Starbase da SpaceX no sul do Texas, Musk mais uma vez assumiu a responsabilidade por sua causa de “tornar a vida multiplanetária”. Ao abordar os funcionários no local da fábrica de Starship da empresa, Musk falou sobre a “alta urgência” necessária para estender a “luz da consciência” além da Terra. Isso não é porque o planeta de origem da humanidade seja uma causa perdida ou não deva ser preservada. Pelo contrário, Musk disse que não quer que a humanidade permaneça uma civilização de um único planeta que inevitavelmente enfrentará alguma calamidade que colocará fim à espécie. Tudo isso é território bastante familiar para entusiastas dos voos espaciais e observadores de Musk. Durante os últimos oito anos, ele se tornou uma figura cada vez mais controversa e polarizadora. Com base em seu comportamento, muitas pessoas vão ignorar os comentários de Musk sobre Marte como os de um megalomaníaco. Pelo menos no que diz respeito aos voos espaciais, isso estaria errado. As ambições multiplanetárias de Musk hoje são mais credíveis porque a SpaceX deu passos em direção ao que ele disse que a empresa faria. A SpaceX possui hardware real hoje e completou três voos de teste. Um quarto é possível no próximo mês. “É surreal, mas é real”, disse Musk neste fim de semana, descrevendo a audaciosa visão de Marte. Como parte de seu discurso de 45 minutos, Musk falou sobre o impulsionador do Starship, o estágio superior, e os planos da empresa para, no final, entregar milhões de toneladas de carga a Marte para uma civilização auto-sustentável. Se milhares de lançamentos parecem impossíveis, Musk observou que a SpaceX completou 327 lançamentos bem-sucedidos do Falcon e que 80% deles envolveram impulsionadores usados. Este ano, ele disse, a SpaceX lançará cerca de 90% da massa enviada para a órbita a partir do planeta. A China lançará cerca de 6%, acrescentou, e o restante do mundo representará os outros 4%. Esse tipo de desempenho deu a Musk a confiança de que a reutilização pode ser alcançada com o impulsionador Super Heavy que alimenta o Starship. No próximo voo de teste do veículo, possivelmente em maio, a empresa tentará pousar o impulsionador em uma torre virtual no Golfo do México. Se esse pouso for preciso o suficiente, a SpaceX tentará pegar o impulsionador no quinto voo de teste com mecanismos semelhantes a hashis na grande torre de lançamento do Starship.