É muito Black Mirror: startups usam IA para recriar pessoas mortas

As ferramentas de inteligência artificial estão sendo utilizadas para recriar vozes e aparências de celebridades, como o chatbot da atriz Marilyn Monroe. Além disso, startups buscam usar essa tecnologia para recriar pessoas falecidas, simulando suas personalidades e comportamentos.

O Snapchat é uma das empresas que permite essa recriação de pessoas que já não estão mais entre nós, por meio da ferramenta “My AI”. Essa ferramenta utiliza o modelo de linguagem do ChatGPT para oferecer recomendações, responder perguntas e simular a aparência e personalidade de pessoas falecidas.

Há debates éticos sobre o uso da tecnologia para simular pessoas falecidas, sem saber ao certo se isso auxilia ou dificulta o processo de luto. Muitas plataformas afirmam manter a privacidade dos dados, mas não é claro como algumas empresas utilizam essas informações para treinar seus sistemas.

Algumas startups, como HereAfter AI, StoryFile e Replika, oferecem serviços de criação de avatares de falecidos, permitindo aos usuários interagir com eles por meio de conversas geradas por inteligência artificial. Grandes empresas de tecnologia, como a Amazon, também estão investindo nessa área, com atualizações que buscam imitar vozes de membros falecidos da família.

As recriações das vozes por meio de inteligência artificial têm avançado nos últimos anos, como no caso das falas do ator Val Kilmer em “Top Gun: Maverick”, geradas por IA após ele perder a voz devido a um câncer.