Em agosto de 2023, um homem de 52 anos passou por um procedimento para remover um melanoma do couro cabeludo. Ele é um dos primeiros pacientes a participar do teste de uma vacina contra esse tipo de câncer de pele.
A vacina é feita com a tecnologia RNA mensageiro (mRNA), semelhante a algumas vacinas contra a Covid-19. No entanto, é personalizada para se adequar a cada paciente individualmente.
O tratamento está em fase final de testes no Reino Unido e na Austrália, ainda não disponível em sistemas de saúde em todo o mundo.
O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele, com alta probabilidade de se espalhar para tecidos e órgãos próximos. Em 2020, houve aproximadamente 325 mil novos casos de melanoma em todo o mundo, levando a cerca de 57.000 mortes, de acordo com a OMS.
O tratamento convencional do melanoma envolve a cirurgia para remover o tumor, mas a nova vacina promete auxiliar no tratamento e prevenção da doença. Estudos clínicos demonstraram redução do risco de recorrência do câncer de pele em pacientes com melanoma que receberam a vacina.
A vacina, chamada mRNA-4157 (V940), foi desenvolvida pelas farmacêuticas Moderna e MSD. Ela é projetada para instruir o corpo a produzir anticorpos que atacam apenas as células cancerígenas específicas do paciente.
Além dos ensaios clínicos, os médicos estão administrando a vacina em conjunto com outros medicamentos que ajudam o sistema imunológico a combater as células cancerígenas.