A Polícia Federal realizou uma operação na última quinta-feira, que resultou na prisão de quatro pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Um dos presos é o ex-assessor especial do governo, Felipe G. Martins, que teria entregue a “minuta do golpe” ao ex-presidente. Segundo as investigações, seis grupos estavam espalhando informações falsas e narrativas de fraude antes das eleições, com o objetivo de justificar um golpe em caso de derrota do então candidato do PL. As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, após solicitação da PF, que investiga a atuação de milícias digitais e detalhes dos atos golpistas de janeiro de 2023.
O ex-presidente foi um dos alvos da operação e teve seu passaporte confiscado, sendo proibido de sair do Brasil. O STF autorizou a divulgação de um vídeo encontrado no computador de um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que revela detalhes de uma reunião sobre a disseminação da narrativa de fraude nas eleições. O objetivo era manter a mobilização de militantes de extrema direita e pressionar as Forças Armadas a aderirem ao Golpe.
Além disso, a Polícia Federal encontrou um rascunho do discurso que seria feito após a declaração do Estado de sítio, que garantiria temporariamente mais poderes ao Poder Executivo. Esse documento foi descoberto no escritório de Jair Bolsonaro, evidenciando o desejo do governo anterior de se manter no poder de forma ilegal e antidemocrática.