Muito antes de se tornar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un já visitou os parques da Disney, no Japão, na década de 1990. O curioso é que ele utilizou um passaporte brasileiro! Em 2018, a agência de notícias Reuters obteve cópias de documentos fraudulentos de 1996 do político e seu pai, Kim Jong-il, ex-líder do país. Neles, o atual líder norte-coreano aparece com o nome de “Josef Pwag”, enquanto seu pai seria “Ijong Tchoi”. O caso foi investigado pelo Itamaraty.
De acordo com uma fonte de segurança do Brasil, os documentos foram emitidos pela embaixada brasileira em Praga, na República Tcheca. Outras fontes afirmam que os documentos foram utilizados para solicitar vistos para visitar países estrangeiros, mas não há confirmação de que tenham sido concedidos.
Em 2011, a imprensa japonesa relatou que Kim Jong-un e seu irmão Jong-chul visitaram a Disneylândia de Tóquio com documentos brasileiros em 1991. Já em 2001, o meio-irmão mais velho Kim Jong-nam, apontado como informante da CIA, também teria tentado entrar no país utilizando um passaporte dominicano falso.
Na década de 1990, o passaporte brasileiro era um dos mais falsificados de acordo com o governo brasileiro, devido à diversidade da população do país. Kim Jong-un e seu pai seriam naturais de São Paulo, cidade com bairros sul-coreanos como o Bom Retiro.
Segundo informações de uma fonte de segurança da Europa à Reuters, o caso mostra possíveis rotas de escape da família Kim. O especialista em Coreia do Norte Dr. John Nilsson-Wright, afirmou que a devastação do país no mundo pós-Guerra Fria limitou o passaporte norte-coreano e causou instabilidade.