Pesquisa sugere incluir pesca no plano de proteção ambiental da represa Billings (SP)

A pesca artesanal é uma atividade importante para a geração de renda na região da represa Billings (SP). No entanto, essa atividade ainda não foi incluída no Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da bacia hidrográfica. Alterações nesse plano poderiam explorar o potencial da pesca, abastecimento e turismo na região. Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Diadema, realizaram uma análise detalhada do plano e identificaram pontos fortes e limitações. O reservatório Billings, que abastece 1,5 milhão de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, poderia atender até 4,5 milhões de pessoas se estivesse em bom estado de conservação. A ocupação irregular da área desde 1980 contribuiu para a degradação do reservatório, com resíduos domésticos sendo lançados diretamente na água. A falta de planejamento para lidar com os efeitos das mudanças climáticas na segurança hídrica é outra questão abordada no estudo. A pesquisadora Larissa Ribeiro Souza ressalta a importância de estratégias de longo prazo para garantir o abastecimento de água na região. Ela sugere que os gestores públicos foquem na recuperação das bacias já existentes, em vez de investir em obras de transposição de águas de outras regiões. O aprimoramento do Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da represa Billings pode oferecer soluções, já que ele centraliza os planejamentos de recursos hídricos e uso do solo na região.