Rússia é acusada de disparar arma sônica contra diplomatas dos EUA

A Rússia está sob acusação de ser a responsável pela chamada “Síndrome de Havana” que afeta diplomatas e espiões dos Estados Unidos. De acordo com investigações, uma unidade de inteligência russa estaria utilizando uma arma sônica para causar distúrbios à distância em pessoas selecionadas.

Jornais como The Insider, Der Spiegel e 60 Minutes, da CBS, conectaram a Rússia aos incidentes com a suposta arma sônica. Membros da Unidade 29155 da Diretoria Principal de Inteligência da Rússia estariam envolvidos nos locais onde a “síndrome de Havana” foi relatada.

Os funcionários da Unidade 29155 foram acusados de desenvolver “armas ultrassônicas não letais” e têm histórico de envolvimento em diversos incidentes internacionais, incluindo a tentativa de envenenamento do desertor Sergei Skripal no Reino Unido.

Em resposta às acusações, o governo russo negou as acusações, classificando as investigações como infundadas e culpando a imprensa por exagerar os acontecimentos.

A “Síndrome de Havana” recebe esse nome devido ao primeiro caso registrado na capital cubana em 2016, embora existam relatos anteriores na Alemanha. A doença causou sintomas como tonturas, dores de cabeça, dificuldade de concentração e sensações auditivas dolorosas em várias regiões do mundo, inclusive nos Estados Unidos, China e Lituânia.

Até o momento, mais de 1.000 casos da doença foram relatados, com dezenas ainda sem explicação. Em 2021, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a Lei de Havana para ajudar as pessoas afetadas pela síndrome. Diversas teorias surgiram sobre a origem da doença, incluindo a ligação com sons de grilos, emissores de radiação de micro-ondas e pesticidas.