Estudo sugere restrições no consumo de peixes como corvina e pescada amarela para evitar exposição ao mercúrio.

O consumo frequente e em grande quantidade de peixes como pescada amarela e corvina pode aumentar o risco de contaminação por mercúrio em humanos. Um estudo publicado na revista científica “Anais da Academia Brasileira de Ciências” por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em colaboração com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), alertou para esse problema.

Os cientistas analisaram os níveis de mercúrio em 125 peixes de nove espécies comercializadas em São Luís, Maranhão, bem como os hábitos alimentares e peso de 574 moradores da região entre 2017 e 2019. O mercúrio é um poluente tóxico liberado por atividades industriais, prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. Sua exposição ocorre principalmente por meio do consumo de animais contaminados, podendo causar problemas neurológicos.

A concentração média de mercúrio nos peixes analisados não ultrapassou os limites de 0,5 mg por quilo de alimento considerados seguros. Porém, o estudo alertou que o consumo contínuo pode aumentar a exposição ao mercúrio, apresentando riscos à saúde.

As espécies carnívoras, como pescada amarela e corvina, foram as que apresentaram os maiores níveis de mercúrio. Os limites de segurança para consumo variam conforme o peso corporal, com restrições para quatro espécies em adultos e sete em crianças.

É importante que o poder público invista em conscientização alimentar para garantir o consumo seguro de peixes, que são fontes importantes de nutrientes e parte da cultura e economia da região Norte. Os consumidores devem buscar informações claras sobre o consumo adequado de peixes, evitando a exposição excessiva ao mercúrio.