Um estudo realizado no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica (CPCE) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo está analisando o impacto da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na vida das pessoas e no sistema de saúde. A DPOC é a quinta principal causa de morte em todas as idades no Brasil, e estima-se que metade das pessoas com essa condição não sabe que a têm e, portanto, não recebe o tratamento adequado.
A pesquisa, realizada em parceria com a Universidade de Birmingham (Reino Unido), é desenvolvida junto à comunidade e nos postos de saúde, com o objetivo de aprimorar o diagnóstico, gerenciamento e prognóstico da doença. Além disso, o projeto chamado “Breath Well” visa criar uma plataforma sólida para futuras pesquisas colaborativas. Além do Brasil, o projeto está sendo realizado na China, na República da Macedônia do Norte e na Geórgia.
O diretor do CPCE, Paulo Lotufo, ressaltou a abordagem inovadora do projeto ao focar na atenção primária. A parceria já resultou na colaboração de 15 artigos publicados e na aquisição de amplo conhecimento. A próxima fase do projeto no Brasil incluirá a colaboração com pesquisadores peruanos e argentinos, visando desenvolver diversas pesquisas em quatro pontos específicos.
A parceria de pesquisa sobre a DPOC foi um dos destaques do evento “Showcasing the collaboration of FAPESP with the University of Birmingham”, realizado recentemente. O objetivo do evento foi celebrar a colaboração entre a FAPESP e a universidade britânica, apresentando o University of Birmingham Brazil Institute (UBBI) para facilitar a cooperação em pesquisa.
A colaboração entre as instituições tem sido muito produtiva ao longo dos anos, e pretende se estreitar ainda mais com o UBBI, possibilitando novas chamadas e oportunidades de parceria. Robin Mason, pró-vice-chanceler do UBBI, destacou a busca por colaboração em diversas áreas de pesquisa, como meio ambiente, sustentabilidade, odontologia e diversidade.
A Universidade de Birmingham possui acordos de colaboração com 186 universidades brasileiras, ressaltando a importância da parceria com instituições como a USP, Unicamp e Unesp. Desde 2012, foram realizadas cinco modalidades de financiamento conjunto entre as instituições, resultando em um aumento significativo na captação de recursos e na produtividade das pesquisas.
A parceria FAPESP-Birmingham tem sido um impulsionador de recursos e contribui para pesquisas de qualidade. Além disso, a colaboração resulta em um aumento nas citações, demonstrando o reconhecimento do trabalho realizado. O investimento conjunto entre as instituições promove o crescimento mútuo e a excelência nas pesquisas desenvolvidas.