Cientistas Encontram Fósseis De Tartaruga Gigante De 57 Milhões De Anos Na Colômbia

A descoberta de fósseis de uma tartaruga gigante de aproximadamente 57 milhões de anos na Colômbia foi feita por paleontólogos. Os especialistas da Universidade do Rosário identificaram os fósseis como pertencentes ao réptil Puentemys mushaisaensis e estavam situados no município montanhoso de Socha, no nordeste do país. Estima-se que essas tartarugas tinham em torno de 1,5 metro de comprimento.

É interessante ressaltar que o período em que essas tartarugas viveram coincidiu com a explosão evolutiva dos mamíferos e de outros animais. Eles ocuparam os espaços deixados pelos dinossauros nos ecossistemas.

A relevância da descoberta dessas tartarugas gigantes está no fato de ser a primeira vez que exemplares desta espécie são identificados na região andina. Os fósseis mais próximos desta espécie estavam a centenas de quilômetros de distância, em El Cerrejón, uma mina de carvão perto do Mar do Caribe, também na Colômbia. A localização dos fósseis permite reconstruir e compreender as paisagens do norte da América do Sul na época desses animais.

Além disso, o estudo contribui para a compreensão da conectividade dos ambientes aquáticos no norte da América do Sul durante o período geológico conhecido como Paleoceno-Eoceno. O pesquisador destacou que esses resultados são fundamentais para entender a geografia da América do Sul no Paleoceno e Eoceno, períodos que sucederam à extinção dos dinossauros.

A descoberta foi resultado de uma colaboração entre paleontólogos, geólogos, e a comunidade local de Socha. O artigo que descreve a descoberta pode ser acessado na revista científica Asociación Paleontológica Argentina.