O Chile finalmente concluiu a construção do Observatório Atacama da Universidade de Tóquio (TAO), o observatório mais alto do mundo. Localizado a 5.640 metros acima do nível do mar, ele esteve em construção por 26 anos.
Este observatório astronômico está situado no topo do Cerro Chajnantor, dentro de uma cúpula de lava no deserto do Atacama, no norte do Chile.
Segundo um comunicado da Universidade de Tóquio, o telescópio será utilizado para auxiliar na compreensão da natureza do Universo e na origem da vida. Além disso, seu principal objetivo é treinar a próxima geração de pesquisadores universitários, com foco na promoção de jovens cientistas.
O projeto foi iniciado em 1998 pelo professor Yuzuru Yoshii. Após a construção de um telescópio piloto com 1 metro de diâmetro em 2009, o observatório foi registrado no Guinness World Records como o mais alto do mundo. A partir de 2012, deu-se início à construção em larga escala do telescópio TAO, com 6,5 metros de diâmetro.
Com as observações científicas programadas para começar em 2025, espera-se desvendar os maiores mistérios da astronomia, como o nascimento de galáxias e a origem dos planetas.
A escolha de construir um observatório astronômico tão alto no Chile se dá pela principal vantagem de capturar luz que não pode ser vista por outros observatórios. Isso se deve ao fato de que o ar no local do TAO é rarefeito e seco, com pouco vapor de água na atmosfera, permitindo a observação de diferentes faixas de comprimentos de onda do infravermelho próximo.
Além disso, a localização do TAO a menos de 5 km do Observatório Llano de Chajnantor, onde está localizado o Atacama Large Millimeter Array (ALMA), um dos principais do mundo, proporciona vantagens para a instalação desse tipo de equipamento.
Ao contrário dos telescópios satélites, os telescópios terrestres têm a vantagem de obter imagens de maior resolução devido às aberturas maiores que possuem.