Um estudo recente publicado na revista “Nature” revelou uma descoberta fascinante: o congelamento de minhocas pode preservar suas memórias. A pesquisa foi realizada com a espécie Caenorhabditis elegans, que é conhecida por ter memórias curtas, esquecendo novas informações em poucas horas.
Os cientistas descobriram que, ao serem colocadas no gelo, as minhocas conseguem manter suas memórias por um período prolongado. Por outro lado, ao receberem lítio, as minhocas também conseguem reter suas memórias por mais tempo, mesmo em temperatura ambiente.
O estudo também identificou a molécula de sinalização chamada diacilglicerol como fundamental para essas respostas. Essa molécula regula processos celulares relacionados à memória e aprendizado em C. elegans.
Além disso, a pesquisa aponta para a importância de compreender como o ambiente influencia a nitidez das memórias dos vermes. A capacidade de manter memórias em condições extremas pode lançar luz sobre os mistérios da memória e da sobrevivência, abrindo caminho para novas pesquisas em criopreservação e biologia evolutiva.
Por fim, apesar dos esforços para fortalecer a memória das minhocas, estudos mostram que o esquecimento pode ser benéfico para o cérebro humano. Esquecer memórias irrelevantes para o momento pode ser uma adaptação à constante mudança dos ambientes, permitindo comportamentos mais flexíveis e uma tomada de decisões mais eficaz para garantir o bem-estar.