Nanopartículas Com Ação Antibacteriana Encurtam Tratamento Da Tuberculose

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram uma tecnologia de baixo custo que utiliza nanopartículas carregadas de antibióticos e compostos antimicrobianos para combater a tuberculose. Através de testes em laboratório, foi observado que essa abordagem pode ser eficaz contra a resistência bacteriana.

O Brasil, país com o maior número de casos de tuberculose nas Américas, apresentou um aumento no número de infectados em 2022. As cepas multirresistentes da bactéria causadora da tuberculose preocupam os especialistas. Diante desse cenário, a nanotecnologia surge como uma promissora alternativa de tratamento.

O estudo da Unesp analisou a atividade de nanopartículas feitas de N-acetilcisteína-quitosana, funcionalizadas com peptídeos antimicrobianos provenientes da secreção de uma espécie de sapo do Cerrado, e carregadas com rifampicina. Os resultados mostraram uma ação inibitória potente contra a bactéria causadora da tuberculose, revertendo sua resistência aos medicamentos.

Os pesquisadores acreditam que esse sistema nanotecnológico pode otimizar o tratamento convencional da tuberculose, reduzindo o tempo necessário para o paciente se recuperar. O próximo passo será validar esses resultados em testes com animais e também explorar o potencial das nanopartículas em outras doenças que exigem tratamento prolongado.