O maior avião do mundo será construído para transportar hélices gigantes até usinas de energia eólica. A aeronave, chamada WindRunner, terá como missão equipar os parques eólicos offshore com turbinas enormes, capazes de aumentar a produção de energia limpa.
Na geração de energia eólica, quanto maior a turbina, maior a quantidade de energia produzida. Além disso, o custo da geração de energia diminui, já que uma hélice gigante aproveita mais vento, podendo operar por períodos mais longos.
Porém, as hélices maiores são grandes demais para serem transportadas em estradas comuns. Por isso, a empresa Radia está desenvolvendo um avião com mais de 100 metros de comprimento, movido por combustível de aviação sustentável. Na prática, a aeronave poderá transportar apenas uma turbina gigante de energia eólica ou quatro hélices tradicionais de uma só vez.
Quando estiver pronto, o WindRunner terá o volume equivalente a 12 aviões Boeing 747. Apesar do tamanho, a aeronave poderá pousar em pistas relativamente curtas, com cerca de dois quilômetros, segundo a fabricante.
Atualmente, o WindRunner é um projeto que deverá iniciar os voos até o final de 2027. A Radia já testou com sucesso uma réplica em escala de 1/42 da aeronave em um túnel de vento e está em busca de fornecedores e fábricas para construir o produto final.
Apesar das vantagens da energia eólica, também existem desvantagens, como os impactos ambientais causados pelas turbinas. O ruído das hélices, o desmatamento, a erosão do solo e a perturbação das espécies locais são alguns dos problemas gerados pela energia eólica. Com turbinas maiores, tanto a produção de energia quanto os impactos ambientais aumentam. Portanto, antes de expandir os parques eólicos, é importante considerar os efeitos dos equipamentos na vida das pessoas e dos animais.