Quem foi Fidel Castro? Fidel Castro foi, no conhecimento de quem acompanhou toda a trajetória do revolucionário, uma figura que deveria existir várias cópias pelo mundo a fora, embora muitos o chamavam de carrasco e ditador do mal. Foi sim, um comandante de Cuba por mais de quatro décadas. A Ilha viveu uma das maiores transformações com a chegada de Fidel. Claro que sempre ha os que perdem para outros ganharem, o que fez o comandante Castro ser visto com vários olhos. Na opinião de muitos jornalistas e historiadores, Fidel não era apenas um político, um chefe militar, um presidente. Fidel foi um exemplo de homem. Um revolucionário. Fidel foi também um líder existencial. Um camarada. Alguém que faz quem via ele por essa forma, refletir a cada dia o que quer como indivíduos. “Fidel mostrou que podemos ser muito mais do que uma vidinha jogada no universo. Que podemos ser homens e mulheres protagonistas do nosso tempo e com condições de transformar o mundo, mover a história, fazer muito mais do que aceitar as injustiças como algo naturalizado e comum”, enxerga o jornalista Rafael Caslilho, num artigo que escreveu para os Jornalistas Livres. “Como entender o amor que o povo sentia por Fidel se a cada dia a humanidade é levada a odiar o público e amar o privado”, comentou em outro parágrafo.
Na verdade, com o costume que tem o povo brasileiro, com as políticas impostas, pelos políticos brasileiros, onde a maioria não tem demonstrado amor pelo povo e pela pátria, fica difícil a maioria admirar um patriota que pensa e toma as atitudes deste cubano. Fidel, quando quis que cada família possuísse uma casa pra morar, ele estava dizendo’eu amo vocês’! Aqui quando acontece chegar um governante com esse pensamento não demora muito ele é cassado, mesmo que não encontrem rasões e motivos para tal feito. Esse é o grande diferencial entre socialismo e capitalismo. Só que no Brasil o sistema capitalista é o de puxar dinheiro pro bolso de cada corrupto que se encontra aqui, que na verdade já virou epidemia.
Vocês sabem qual foi a maior aventura de Fidel? Não foi pegar em armas para chegar ao poder. Não foi enfrentar os Estados Unidos durante meio século e sair vencedor. Sabe o que torna a Revolução Cubana diferente de todas as outras que o mundo já conheceu? A maior aventura de Fidel foi tentar construir o HOMEM NOVO. Produzir um novo tipo de indivíduo que fosse solidário, verdadeiro, camarada, desapegado das coisas, voluntário, altruísta, generoso, não invejoso, firme, forte, correto, doce, sem medo e com capacidade de manifestar seu amor pela humanidade. De lutar contra as injustiças e, caso necessário, oferecer sua vida pela liberdade de seu povo. Isso é ser diferente e quem entende é aquele que leu tudo ou quase tudo sobre Fidel. Fonte, Jornalistas Livres
Lula chora a morte de Fidel. “Sinto como se tivesse perdido um irmão mais velo”.
Lula em um dos inúmeros encontros com o revolucionário Fidel Castro
Disse Lula ao lembrar da importância que teve Fidel durante todo tempo que esteve à frente do comando de Cuba. Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações da nossa região, nossa América, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania”. Por fim, Lula garantiu que “será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo”.
Veja na íntegra o que Lula postou no fase book
DESCANSE EM PAZ, COMPANHEIRO FIDEL
“Morreu ontem o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro Fidel Castro Ruz.
Para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente para os homens e mulheres de minha geração, Fidel foi sempre uma voz de luta e esperança.
Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania.
Eu o conheci pessoalmente em julho de 1980, em Manágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista. Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos.
Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei.
Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo.
Hasta siempre, comandante, amigo e companheiro Fidel Castro”.
Luiz Inácio Lula da Silva
São Paulo, 26 de novembro de 2016